domingo, 15 de agosto de 2010

A POLÍTICA E A CORRUPÇÃO


No Brasil, a política e corrupção parecem andar lado a lado. Em todas as esferas dos poderes existe corrupção. Seja no Executivo, Legislativo ou Judiciário. A ética na política torna-se quase invisível nesse âmbito. É comum o ato de apropriar-se do poder político e financeiro de organismos públicos para uso privado.
Em nosso país, a corrupção tem raízes profundas e históricas que estão associadas à nossa formação. O modelo de Estado e sociedade que se desenvolveu no Brasil era semelhante à cultura política portuguesa. Sérgio Buarque de Holanda em seu livro "Raízes do Brasil", quando fala dessa formação, cita a nossa herança rural e patriarcal baseada no personalismo, onde esses elementos produziram uma dificuldade de separar o público do privado.
Entre os tipos de corrupção mais comuns em nosso país destacam-se o nepotismo (favorecimento de parentes e amigos aos cargos importantes na administração pública), o suborno ou propina (oferecimento de dinheiro ou favor par que a pessoa deixe de se portar eticamente), a extorsão (ato de obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, por meio de ameaça ou violência) e tráfico de influência (prática de influenciar as decisões do poder público na obtenção de favores irregulares).
Um dos principais problemas que dificultam o combate à corrupção é a
impunidade. As apurações do mensalão, dos sanguessugas, dos ministros do primeiro mandato de Lula, do bingo e bingueiros e de vários outros casos até agora não deram em nada. A justiça é lenta e aqueles que podem pagar bons advogados dificilmente passam muito tempo na cadeia ou mesmo são punidos. Além da impunidade, a falta de transparência, a exclusão da maioria da população das decisões políticas mais importantes, a baixa participação política da sociedade civil e a íntima relação de interesses entre agentes políticos, públicos e privados são as conseqüências do sistema político brasileiro, constituindo um ciclo vicioso que facilita ações corruptas.
A corrupção provoca distorções econômicas no setor público direcionando o investimento de áreas básicas como a educação, saúde e segurança para projetos em áreas em que as propinas e comissões são maiores, como a criação de estradas e usinas hidroelétricas. A qualidade dos serviços governamentais e da infra-estrutura diminui. Em contrapartida, a corrupção aumenta as pressões sobre o orçamento do governo. Em seguida, esta pressão se reflete sobre a sociedade com o aumento dos níveis de cobrança de impostos, taxas e tributos.
A mídia acentua a cada dia a íntima relação entre política e corrupção, com isso as instâncias públicas estão cada vez mais desacreditadas e os bons políticos acabam sendo enquadrados no mesmo conceito. Por isso, a crítica, o questionamento e o posicionamento de cada cidadão são imprescindíveis neste atual momento das eleições. A população brasileira acometida de desinteresse e desconhecimento da esfera pública, precisa desenvolver a consciência de que a corrupção é um grande obstáculo para o desenvolvimento do País.











OS INVESTIMENTOS DA ÁFRICA DO SUL NA COPA 2010

A África do Sul teve que passar por uma grande preparação para receber a mais importante competição de futebol do mundo. A Copa do mundo de 2010 exigiu ao longo de seis anos um alto investimento. O governo africano calcula ter gasto 33,7 bilhões de rands, sendo que o maior gasto, correspondente a 11,7 bilhões, foi destinado a construção de 5 estádios e a reforma de mais 5 estádios. Outros 11,2 bilhões foram gastos para melhorar a rede ferroviária. O investimento de segurança foi de 1,3 bilhões e as telecomunicações receberam mais 1,5 bilhões. Sendo o restante aplicado em outros setores menores.
De acordo com estimativas do governo, o retorno gerado pela copa do mundo da FIFA 2010 foi a criação de cerca de 130 mil empregos e um crescimento de 0,4% do PIB sul-africano neste ano. Cerca de 38 bilhões de rands, que equivalem a aproximadamente 8,8 bilhões de reais, foram injetados na economia do país.
Segundo o ministro das finanças Pravin Gordhan, o principal legado a ser deixado pelo mundial será a questão de melhorias em infra-estrutura ao povo sul-africano: “Uma vez que você constrói uma estrada ou uma ferrovia, ela não desaparece depois da Copa do Mundo. Isso ficará para as futuras gerações”. Para o ministro, a Copa provou que a África do Sul é um local com potencial para negócios e também criou um modelo a ser seguido pelo país para suprir muitas das suas outras necessidades de desenvolvimento e infra-estrutura. “A África do Sul é uma nação em desenvolvimento e há uma demanda não atendida na criação de infra-estruturas. Se conseguirmos fazer o que fizemos para os eventos da FIFA, como a Copa do Mundo, com o mesmo nível de vontade política e coordenação, não poderíamos ter resultados iguais em outros projetos? Podemos aprender a partir desta experiência”, declarou Gordhan.
Apesar da maioria da população da África do Sul ser vítima da pobreza, acreditamos que todos os sacrifícios financeiros efetuados em função da realização da Copa do mundo valeram a pena. Este evento é um marco não só na história do país, mas também na evolução das políticas mundiais de combate ao racismo e a pobreza. Além dos valores injetados na economia sul-africana e das melhorias em infra-estrutura, a Copa resultou numa nova visão mundial em relação à África, passando a ser vista como um país com grande potencial para investimentos. O Brasil também enfrentará situação semelhante para sediar a Copa de 2014, pois apesar da maioria de nossa população ser acometida pela pobreza, e não dispormos no momento de estrutura para recebimento do evento, o governo brasileiro já prevê um investimento de aproximadamente 79,4 bilhões de reais. Contudo, assim como a África foi beneficiada, acreditamos que os resultados para economia brasileira serão bem maiores que os investimentos realizados.

O FILME AVATAR E A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE


Ao assistirmos o filme do diretor americano James Cameron intitulado de “Avatar” percebemos que seu principal objetivo é despertar a consciência ecológica e a preservação do meio ambiente.
O titulo do filme se deve ao fato de que o ator principal, Jacke Sully, e alguns seres humanos têm sua consciência ligada a um Avatar (híbrido humano-Na'vi), criado por um grupo de
cientistas através de engenharia genética, para interagir com os nativos do planeta Pandora em busca de ricas minas de um valioso minério.
Quando em todo o planeta a maior preocupação do homem é a destruição crescente do meio ambiente, somada as catástrofes, terremotos, maremotos, tsunamis, enchentes, aquecimento global, e a distância cada vez maior da humanidade em relação às forças da natureza, o filme Avatar conquista um espaço fundamental no imaginário humano, pois busca conscientizar as pessoas a preservarem o meio ambiente, mostrando o que a ganância humana é capaz de fazer. Ficam bem claras as conseqüências da devastação e exploração ambiental no planeta em favor do progresso econômico e tecnológico. Percebemos uma exploração humana tão desregrada e ilimitada que levou os homens a saírem do planeta terra para irem buscar recursos em outro planeta, agindo de forma a não se importar com a preservação da vida existente neste lugar.
Ao contrário dos humanos, que utilizam suas tecnologias para extrair riquezas não se importando com as conseqüências ambientais, os Na’vis são um exemplo de comportamento quanto à preservação da natureza. Eles se portam de forma consciente quanto à preservação ambiental através dos seus hábitos de vida apresentados em todo o filme, e principalmente no momento em que os humanos começam a atacar e destruir seu planeta, onde vemos claramente esse conflito de interesses.
A atual situação do meio ambiente no globo nos desafia a preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar um desenvolvimento social justo, permitindo que a sociedade atinja uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos. O filme Avatar nos traz a lição de que os recursos naturais são escassos e que as necessidades humanas tendem cada vez mais aumentar. Cabe a cada um de nós nos conscientizarmos e rever seus conceitos e atitudes em relação ao meio ambiente.





quinta-feira, 29 de julho de 2010

OS IMPACTOS DA COPA 2010 SOBRE A ÁFRICA DO SUL


A copa do mundo de 2010 foi a décima nona edição do mundial de futebol realizado pela FIFA, que ocorreu no período de 11 de junho até 11 de julho. O campeonato ocorreu na África do Sul, que por nunca ter sediado um evento desportivo com este porte, teve que passar por uma grande preparação para receber a mais importante competição de futebol do mundo.
No dia 15 de maio de 2004, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, anunciou que a África do Sul sediaria a Copa do Mundo de 2010. Foram 14 votos, contra 10 do Marrocos e nenhum do Egito. Assim, ao longo dos seis anos antecedentes ao evento, o governo africano calcula ter gasto 33,7 bilhões de rands na preparação para a copa do mundo, sendo que o maior gasto, correspondente a 11,7 bilhões, foi destinado a construção de 5 estádios e a reforma de mais 5 estádios. Outros 11,2 bilhões foram gastos para melhorar a rede ferroviária. O investimento de segurança foi de 1,3 bilhões e as telecomunicações receberam mais 1,5 bilhões. Sendo o restante aplicado em outros setores menores.
De acordo com estimativas do governo, o retorno gerado pela copa do mundo da FIFA 2010 foi a criação de cerca de 130 mil empregos e um crescimento de 0,4% do PIB sul-africano neste ano. Cerca de 38 bilhões de rands, que equivalem a aproximadamente 8,8 bilhões de reais, foram injetados na economia do país.
Entretanto, nem todos os grupos ficaram satisfeitos com os gastos feitos pelo país na realização da copa. Segundo informações do Gazeta Press, no dia 16 de junho do presente ano, um grupo de mil sul-africanos realizou uma manifestação na cidade de Durban antes da partida entre Espanha e Suíca. Os manifestantes pediam para as autoridades destinarem aos pobres os mesmos valores gastos na organização do Mundial 2010. "Estão levando o nosso sustento. O governo tomou o dinheiro dos contribuintes para dar a FIFA", reclamou um sul-africano extremamente irritado.
De acordo com o ministro das finanças Pravin Gordhan, o principal legado a ser deixado pelo mundial será a questão de melhorias em infra-estrutura ao povo sul-africano. “Uma vez que você constrói uma estrada ou uma ferrovia, ela não desaparece depois da Copa do Mundo. Isso ficará para as futuras gerações”, disse Gordhan. Para o ministro a Copa provou que a África do Sul é um local com potencial para negócios e também criou um modelo a ser seguido pelo país para suprir muitas das suas outras necessidades de desenvolvimento e infra-estrutura. “Para mim, o mais interessante é a conexão entre empreendimentos públicos e privados”, declarou Gordhan. “A África do Sul é uma nação em desenvolvimento e há uma demanda não atendida na criação de infra-estruturas. Se conseguirmos fazer o que fizemos para os eventos da FIFA, como a Copa do Mundo, com o mesmo nível de vontade política e coordenação, não poderíamos ter resultados iguais em outros projetos? Podemos aprender a partir desta experiência.”
Enfim, a realização da Copa do Mundo neste continente é um marco na história da evolução das políticas mundiais de combate ao racismo, do qual este povo é vitima, e da pobreza que aflige essas pessoas. A repercussão da mídia com a realização do evento é tamanha para que a África fique na mente de muitos por longos anos e a pressão internacional pelo auxílio e socorro àquela gente fique ainda maior. Esta é a Copa da mudança de postura e de início de uma nova mentalidade mundial com relação à África. E o Brasil, a exemplo da África do Sul, já começa a se preparar para receber a copa 2014, prevendo um investimento de aproximadamente 79,4 bilhões de reais.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Filme AVATAR


O diretor americano James Cameron afirma que o objetivo de seu filme Avatar é conscientizar as pessoas sobre o perigo de destruição de nosso planeta e salvar a Terra.
No filme verificamos a existência de dois mundos com valores completamente diferentes. Um deles se passa em um local chamado Pandora, uma das luas do planeta Polifemo, que é habitada por uma raça humanóide chamada Navi´s, sendo constituída por uma flora e fauna extremamente perigosa para os seres humanos. Os Navi´s têm como objetivo preservar o meio ambiente em que vivem e a continuação da espécie nativa. O outro mundo está relacionado ao planeta terra, onde os seres humanos têm o objetivo de explorar em Pandora as reservas de um precioso minério. Enquanto os humanos ambicionam a qualquer custo os tesouros escondidos nas florestas, os nativos se esforçam para manter a integridade do seu território, lutando com todos os meios para expulsar os mineradores terráqueos.
A grande causa dos conflitos existentes se deve ao desejo dos homens pelo domínio do desconhecido. A missão concebe uma fórmula que transfere os sentidos de alguns humanos para o corpo de nativos na vã tentativa de penetrar no seio deste povo, a fim de influenciá-los para cederem a sua terra e glória.
Homens e mulheres no filme aparecem disputando espaços e atuando em situações que lhe concedem algum poder.
A natureza é vista de diferentes formas pelos personagens. A maioria dos humanos não se importam com a destruição do meio ambiente e buscam somente a sua satisfação. O Coronel Miles Quaritch é o principal antagonista do filme Avatar, ele é um tirano que busca seus próprios interesses, sendo seu objetivo principal explorar as reservas de um precioso minério, sem se preocupar com as conseqüências, só buscando seus interesses. Jack Sully- Ele tinha a missão de se transformar em um Avatar e se infiltrar entre os Navi´s, e convence-los a extração do precioso minério. O relacionamento de Jake com os Navi´s muda todo o seu conceito e ele passa a admirar principalmente o amor e a proteção que eles têm com a natureza.
Analisando a linguagem do filme percebemos a produção de um discurso de deslocamento, pois tem como objetivo a transformação do homem e da realidade em que vive ao tentar conscientizar as pessoas da necessidade de preservar o meio ambiente, e agir de forma sustentável.
Ao refletir na frase “Não é uma questão visual ou motora lá fora, sabe. Precisa ouvir o que ela diz. Ver a floresta pelos olhos dela”, compreendemos que a situação do meio ambiente no globo nos desafia a deixarmos de olhar para nós mesmos e a nos colocarmos no lugar da natureza, preservando os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitando um desenvolvimento social sustentável, permitindo que as sociedades humanas atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos.